Ferida no pé diabético
A diabetes é uma doença crônica que pode se iniciar de maneira silenciosa. Ocorre uma alteração no controle do açúcar no sangue causando diversas alterações no organismo, especialmente nos vasos sanguíneos.
Por conta disso, diversos órgãos podem ser atingidos como os rins, olhos e os pés. Neste caso o pé do paciente com diabetes merece uma atenção muito especial.
Por que devemos estar atentos ao pé do paciente diabético?
Falando sobre os pés dos pacientes com diabetes, há uma mudança da sensibilidade da pele causada por alteração neurológica e também do suprimento sanguíneo da periferia.
Esse fato acaba gerando uma insensibilidade na planta dos pés. Associado a isso, ocorre também um desbalanço muscular e ósseo gerando deformidades nos pés com proeminências ósseas mais acentuadas que, associado a falta de sensibilidade, se tornam propensos a formações de feridas e úlceras.
Visto que o paciente apresenta um pé insensível, essas proeminências ósseas acabam gerando áreas de maior pressão e apoio formando feridas. Como o paciente não sente ou sente pouca dor, acaba que a procura médica é postergada.
A medida em que não se realiza o tratamento de forma rápida, a ferida pode se aprofundar e acometer até mesmo os ossos. Frequentemente o pé do paciente diabético acaba sofrendo de feridas crônicas. Inicialmente a região pode se tornar mais avermelhada, evoluindo para lesões superficiais como úlceras. A continuidade do contato da pele plantar como calçados e solo continua aprofundando a ferida chegando ao osso.
Hoje, mais de 400 milhões de pessoas no mundo tem diabetes e, no brasil, já se passam de 16 milhões de pessoas. Esse número tende a subir conforme dados estatísticos da evolução populacional.
Como é o tratamento da ferida do pé diabético?
O tratamento da ferida do pé diabético é feito conforme o tipo de ferida. Considerando que o suprimento sanguíneo na região da ferida é debilitado devido aos vasos sanguíneos periféricos doentes, as cicatrizações e tratamentos das feridas dos pés dos pacientes com diabetes acaba sendo mais dificultoso.
Primeiramente, o tratamento deve ter como base o controle clínico da diabetes. As medidas da hemoglobina glicada no sangue devem ser levadas bastante em consideração de maneira rigorosa.
Em relação as feridas do pé diabético, dependem muito do grau de profundidade e tecidos acometidos.
Algumas medidas que devem ser tomadas:
· Uso de calçados e palmilhas específicas para a melhor distribuição do apoio plantar e menos traumáticos são utilizados.
· As lesões devem ser limpas e curadas de infecções que eventualmente podem estar presentes. Assim, são seguidas para o objetivo de se fecharem as feridas.
· O uso de pomadas específicas, antibióticos e mudança de calçados fazem parte do tratamento.
Algumas situações mais avançadas como em casos em que já possa existir o acometimento ósseo, o tratamento é mais prolongado necessitando por vezes de internações longas e até mesmo cirurgias associadas.
A melhor maneira de se tratar as lesões é iniciar um controle rigoroso clínico da diabetes. Concomitantemente, o tratamento das feridas.
