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Polegar duplicado

Polegar Duplicado

O polegar duplicado, também conhecido como polidactilia pré-axial, representa a segunda deformidade congênita mais frequente, afetando aproximadamente 1 em cada 3.000 nascidos vivos. Essa condição, que geralmente se manifesta de forma unilateral, normalmente não estando vinculada a síndromes sistêmicas, tornando o tratamento cirúrgico a principal via para a correção, visando um polegar de aparência e funcionalidade normais ou mais próximas possíveis da normalidade. 

Compreendendo o Polegar Duplicado e Suas Origens

Conhecida também como polidactilia radial ou polegar bífido, essa condição caracteriza-se pela presença de um polegar adicional na mão. A origem da polidactilia pré-axial é, na maioria dos casos, indeterminada, surgindo durante o desenvolvimento embrionário. O diagnóstico pode ser realizado ainda no período pré-natal por meio de ultrassonografia, sendo mais prevalente em indivíduos caucasianos e, frequentemente, não associada a outras complicações. Contudo, em algumas situações, o polegar duplicado pode ser parte de síndromes mais complexas.

Classificação do Polegar Duplicado

A classificação mais comum leva em consideração o local em que o polegar começa a se bifurcar, iniciando-se da parte mais distal (mais perto da unha) para a parte proximal (base do dedo). Essa classificação, conhecida como Wassel é a mais utilizada.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico precoce, frequentemente realizado através de ultrassonografia pré-natal, é crucial para um planejamento terapêutico eficaz. A classificação de Wassel ajuda a determinar a extensão da duplicação e a orientar o tratamento, que é eminentemente cirúrgico. A intervenção busca não apenas a remoção do polegar supranumerário, mas também a correção de assimetrias, garantindo a funcionalidade e estabilidade do dedo remanescente.

Procedimento Cirúrgico

A técnica cirúrgica varia conforme a classificação do polegar duplicado. Em geral, o procedimento envolve a remoção cuidadosa do dedo adicional, preservando as estruturas vitais para a funcionalidade do polegar. Em alguns casos, é necessário o uso de um pino metálico para manter o alinhamento durante a cicatrização. É importante gerenciar as expectativas, pois, apesar dos avanços, diferenças sutis em tamanho, forma e alinhamento podem permanecer durante e após o desenvolvimento do dedo.

Recuperação e Resultados

A cirurgia, idealmente realizada em torno do primeiro ano de vida, visa restaurar a máxima funcionalidade, indo além da estética. Dependendo do tipo de duplicação, a complexidade do procedimento pode variar. Após a cirurgia, o acompanhamento é essencial para monitorar o desenvolvimento do dedo, prevenir complicações e garantir a recuperação da função. Embora possam ocorrer diferenças entre as mãos, a intervenção cirúrgica tende a oferecer resultados positivos, permitindo que a criança utilize o dedo com eficácia.

O polegar duplicado é uma condição que, embora comum, requer uma abordagem cuidadosa e especializada para garantir os melhores resultados funcionais e estéticos. O acompanhamento por um ortopedista especializado em mão é fundamental desde o diagnóstico até o pós-operatório, assegurando que cada criança possa alcançar uma qualidade de vida ótima, com plena capacidade de uso da mão afetada.

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