Dedo em gatilho
O que é dedo em gatilho?
O dedo em gatilho é causado por uma condição inflamatória que cria uma redução da relação conteúdo continente entre a polia e o tendão, prejudicando a excursão do tendão gerando o travamento do dedo normalmente na posição fletida.
O que causa o dedo em gatilho?
A maioria dos episódios não possui causa conhecida. No entanto, acredita-se que o dedo gatilho esteja relacionado a processos inflamatórios e variações hormonais. Pode ter relação com gota, diabetes e distúrbios reumáticos. Pode afetar um ou mais dedos, mas os mais acometidos são o dedo anelar e polegar.
Ocorre mais comumente em mulheres, cerca de duas vezes mais que homens. Em relação a idade, as faixas acima de 30 anos são mais acometidas. No entanto, existe a condição considerada congênita, em que a criança nasce com o dedo fletido, incapaz de estender, com a presença de um nódulo na região palmar, acometendo principalmente o polegar.
Quais os sintomas do dedo em gatilho?
A dor na base dos dedos ou polegar, com ou sem um pequeno nódulo local, pode ser o primeiro sinal. Outros sintomas podem se desenvolver ao longo do tempo:
- Dor
- Travamento do dedo (normalmente fletido)
- Limitação de movimento
- Ter a sensação de que o tendão está enroscando ou raspando
Como é feito o diagnóstico e qual o tratamento ?
O diagnóstico pode ser feito através de histórico clínico e exame físico demonstrando desconforto e nodulação na região da polia A1 (região próxima a prega de flexão distal na mão).
Pode ocorrer o travamento (ou enrosco como relatado por alguns pacientes) parcial do dedo durante os movimentos de flexão e extensão.
Em casos mais severos, o dedo pode ficar travado em flexão, sendo necessária a ajuda para a extensão. Podem também permanecer impossibilitados de fletir, ficando travado em extensão.
Em exame diagnóstico, pode-se realizar uma ultrassonografia.
Nos estágios iniciais, podem ser usadas medicações anti inflamatórias, fisioterapia ou infiltrações locais de corticosteroides para tratar a polia e tendões afetados.
Quando a cirurgia é indicada?
A cirurgia é indicada em situações mais avançadas que não melhoram com os tratamentos iniciais.
O tratamento cirúrgico baseia-se na liberação da polia A1, responsável pelo travamento ou enrosco do tendão durante seu deslizamento.
Procedimentos rápidos, com bons resultados e raros casos de recidiva do quadro, permitindo a alta do paciente no mesmo dia. Para tanto, consulte sempre um ortopedista especialista em mãos.